4.10.11

Apresentação de Arsène Wenger, o novo treinador do PSG

04/07/11

Arsène Wenger no Parc des Princes, sua 'nova casa'
Arsène Wenger assina o contrato de 5 anos

Arsène Wenger e presidente CJ comemoram o contrato com aperto de mão



Arsène Wenger e presidente CJ durante a entrevista coletiva

ENTREVISTA COLETIVA PRESIDENTE CJ

Os nomes de Carlo Ancelotti, Rafa Benítez e Leonardo foram os principais especulados por estarem sem clube. Por que optou por um treinador com contrato?
- Porque o Wenger é um dos melhores treinadores do mundo, se não o melhor. Os nomes citados também são grandes treinadores, mas o Wenger é mais "a cara" do PSG, e se encaixa perfeitamente nas políticas do clube. Tenho absoluta certeza de que ele levará o PSG ao topo.

O que te faz ter tanta confiança no Wenger já que ele não conquista um título há 7 anos?
-  O Wenger é um grande estrategista e tem a capacidade de transmitir força mental aos jogadores que orienta, por isso confio no trabalho dele. Ele não se tornou um mau treinador, ou alguém que perdeu o jeito com o jogo por não conquistar um título nesse período de 7 anos. Isso não faz sentido, até porque a conquista de um título não depende só do treinador.

Você chegou a entrar em contato com algum outro treinador?
- Não. O Wenger era a primeira, a segunda e a terceira opção. Conversei com o Raí, que está no Brasil resolvendo alguns assuntos em nome do PSG, e ele também concordou que o Wenger era o melhor nome.

Como foi a negociação?
- O Wenger tinha contrato até 2014 e queria cumpri-lo, mas também queria vir para o PSG, eu estava disposto a tudo para poder contar com o Wenger e em uma reunião junto com o presidente do Arsenal conversamos bastante e o presidente do Arsenal não garantiu manter os principais jogadores do time, enquanto eu garanti manter uma boa base do nosso elenco. Entramos num acordo e como agradecimento a tudo que o Wenger fez pelo Arsenal o contrato foi rescindido amigavelmente.

Qual seu planejamento em relação a reforços?
- Quero manter a base do time, então só sairá do PSG quem quiser. Irei disponibilizar uma boa verba para contratações, já que conquistamos dois títulos e vamos disputar a Liga dos Campeões. Os nomes ficam por conta do Wenger e vamos nos esforçar ao máximo para poder trazer quem ele desejar para reforçar o elenco. 


ENTREVISTA COLETIVA ARSÈNE WENGER

Qual seu sentimento neste momento?
- Felicidade e confiança. Estou muito feliz por estar aqui no PSG, um clube jovem e vencedor, que conta com uma torcida fanática, uma ótima categoria de base, um excelente centro de treinamento, um lindo estádio, profissionais de alto nível e um planejamento fantástico que tem tudo para dar certo. Também estou bastante confiante de que com minha experiência eu possa dar continuidade ao ótimo trabalho feito aqui pelo Kombouaré ajudando o time a chegar aos seus objetivos.

Como é deixar um time depois de quase 15 anos?
- É bastante difícil, pois envolve muitas coisas e mexe com os sentimentos. Dediquei quase 1/4 da minha vida ao Arsenal e tenho uma relação muito especial com o clube e com os torcedores, nada apagará isso. Não foi uma decisão fácil, mas inevitavelmente sairia do Arsenal um dia. Saio de cabeça erguida e feliz por tudo ter acontecido de forma amigável.

Você assinou por 5 anos. Já pensa em quem sabe repetir seu período no Arsenal aqui no PSG?
- Esse contrato de 5 anos mostra a confiança do presidente CJ no meu trabalho, estamos nos entendendo muito bem, porém estou com 61 anos, a maior parte da minha vida tenho respirado futebol e não sei quanto tempo ainda trabalharei no futebol, mas tudo é possível... só o tempo vai dizer.

Em uma entrevista você havia dito que poderia trabalhar no PSG no futuro, mas não como treinador e sim como dirigente. O que te fez mudar de idéia?
- Quando disse isso, o PSG precisava de um dirigente para sentar numa mesa com investidores e dar ao clube os meios financeiros, pois passava por dificuldades, mas os administradores achavam que uma simples mudança de treinador resolveria os problemas. Agora o PSG tem um músculo financeiro, pois, além do presidente CJ que pode investir como dono do clube, tem também o Diretor Esportivo Raí que atrai outros investidores, ou seja, é um momento diferente, agora o PSG realmente precisava de um treinador devido a saída do Kombouaré.


A cobrança e as críticas que você vinha recebendo, por não conquistar nenhum título nos últimos 7 anos e por confiar demais na juventude, influenciou na sua saída do Arsenal?

- De maneira alguma. Nós treinadores somos cobrados e criticados diariamente e temos que saber lidar com isso, faz parte da nossa profissão. Sempre obtive bons resultados com jogadores jovens, infelizmente isso não aconteceu nos últimos anos, mas creio que não foi devido a juventude dos jogadores, por isso continuarei trabalhando com jovens talentos.

Esse longo período sem título te incomoda?
- Pra falar a verdade incomoda, principalmente por ter chegado a algumas finais e não ter vencido, contudo esse período foi de grande aprendizado e aprender sempre é muito importante. Agora aqui no PSG espero poder passar tudo que sei para ajudar o time rumo aos títulos.

O que pesou na sua decisão de vir para o PSG?
- É uma soma de fatores. Sempre tive o desejo de trabalhar no meus país novamente, o PSG é um grande time que está em ascensão, precisava de um treinador e o presidente CJ me fez um excelente proposta, mostrando-me um projeto ambicioso no qual eu concordo com as ambições do presidente e do clube, então decidi que era o momento de mudar.


Você e o Gallas se desentenderam e ele acabou saindo do Arsenal. Como vai ser reencontrá-lo aqui?

- Nossos desentendimentos foram devido a algumas atitudes e opiniões divergentes, foi coisa de momento, já passou. Somos adultos e profissionais, tenho certeza de que com uma boa conversa vamos nos acertar.

Outro que você vai reencontrar aqui é o Henry. O que espera ao trabalhar com ele novamente?
- Do Henry só se espera coisas boas, ele é um cara sensacional além de um atacante incrível! A primeira vez que trabalhamos juntos, no Monaco, o Henry estava dando os primeiros passos e já se via seu grande potencial. Tinha certeza que ele teria uma carreira brilhante. Já mais maduro, ele fez história no Arsenal se tornando o maior artilheiro do clube. Agora aqui no PSG, com seus 33 anos, ele mostrou que ainda tem muita lenha para queimar, sendo o artilheiro da Ligue 1 e ajudando a equipe na conquista dos títulos. Pra mim será um prazer imenso trabalhar com o Henry mais uma vez!


No elenco há mais alguém que você conhece?

- Pessoalmente não, mas desde que fui pra Inglaterra sempre acompanhei o máximo que pude do futebol francês e na última temporada como o PSG se destacou, eu o acompanhei bastante e deu pra ver bem as características dos jogadores, aqui têm muitos jogadores que podem vestir a camisa dos melhores times do mundo. De qualquer maneira, na reapresentação dos jogadores conhecerei a todos e no dia-a-dia vamos nos conhecendo melhor e nos entrosando.

Você já pensa em jogadores para reforçar o elenco?
- Sim. Tenho uma lista com os nomes de alguns jogadores que venho observando. O PSG tem um bom time formado, mas perdeu dois grandes jogadores o Makelele e o Coupet. Se o PSG conseguir manter uma base do time, como o presidente pretende, acredito que 4 ou 5 contratações já são o suficiente para iniciar meu trabalho e manter ao PSG num alto nível. Também vou observar a categoria de base e os times juniores, pois aqui em Paris sempre há bons valores.

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